E o circo se despede de um grande palhaço.
No dia 8 de junho de 2011 o sorriso virou.
Ele que tantas vezes nos dedicou lindos poemas e lindas histórias, se foi.
E me sinto no dever de escrever para ele.
Ubirajara Pimenta, pele clara e rosada, cabelos branquinhos e todos no lugar.
Perfumado e vistoso com os seus suspensórios.
Nunca esquecia de nós, e com certeza nunca esquecerá, assim como nós aqui também nunca o esqueceremos.
Disse adeus ao picadeiro.
Mas o fez porque certamente estava na hora de alegrar outras bandas.
Mas quem guardará meu desenho da praia com sol e o guarda-sol colorido?
Quem agora irá me lembrar das coisas que eu fazia quando era menina, sentada no balcão da lanchonete?
E hoje me arrependo de não ter feito mais.
Não ter pintado mais quadros para presenteá-lo, como ele gostava.
Não ter passado para dar um oi mais vezes, como ele gostava.
Não ter me despedido a cada volta à São Paulo.
Mas posso agradecer.
Por todos os sorrisos e momentos de preocupação dedicados a mim.
Por todo carinho e interesse por tudo que sempre fiz.
Por todas as orações.
Por aquela mão firme estendida a mim.
Por todas as histórias e exemplos de uma vida a bordo de um caminhão, por estradas mil.
Tio Bira, siga assim... com seu olhar sereno e semblante feliz.
A platéia se despede em pé e com uma calorosa salva de palmas.
Thaís Helena - 15.06.2011
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